É MELHOR SER PROTESTANTE QUE CATÓLICO; CADA UM SE TORNA SEMPRE CRISTÃO, E É “QUASE A MESMA COISA”.

Eduardo Moura
13 min readDec 20, 2021

--

“ESTAI SEMPRE PREPARADOS PARA RESPONDER A QUALQUER PESSOA QUE VOS QUESTIONAR QUANTO À ESPERANÇA QUE HÁ EM VÓS” (I Pd III, XV)

RESPOSTA: — Sim, quase, como a moeda falsa é quase a mesma mesma coisa que a verdadeira. A única diferença é que uma é a verdadeira e a outra é falsa.

1° — Católico e protestante são quase a mesma coisa! — Então não conheceis nem um nem outro!
Onde a Igreja Católica afirma, o protestante nega.

O católico tem como regra de sua fé o ensinamento infalível da Igreja — O protestante rejeita a Igreja, despreza sua autoridade e não conhece mais que a Bíblia, a qual interpreta como pode e como quer.

O católico toma a vida cristã nos sete sacramentos da Igreja e conserva-a principalmente através da recepção dos sacramentos da penitência e da Eucaristia. — O protestante não reconhece estes sacramentos; não conserva mais do que o batismo, e ainda esse…eles não tratam como algo necessário e sublime, contradizendo o ensinamento bíblico “quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16, 16).

O católico adora na Eucaristia a Jesus Cristo, que ali está realmente presente. — O protestante nela vê apenas um símbolo vazio, um fragmento do pão. Negando mais uma vez a revelação bíblica ensinada pela Igreja durante toda a tradição: “Isto é o meu Corpo”; “se não comerdes a carne do Filho do Homem nem beberes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Lc 22, 19 — Jo 6, 54–55).

O católico venera, invoca e ama a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, feito homem. — O protestante nenhum caso faz dela, e muitas vezes lhe vota desprezo e até a versão. Eles através desses atos confirmam o texto bíblico que diz: Porei inimizade entrei ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”, “todas as gerações me chamaram de Bem-Aventurada. Porque àquele que é Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas” (Gn 3, 15 — Lc 1, 48–49).

O católico venera o Papa, Vigário de Jesus Cristo, Cabeça dos Fiéis, Pastor Supremo e Doutor infalível da Lei de Deus. — O protestante nele vê apenas o anticristo, o vigário de Satanás e o inimigo da verdade, etc., etc. Eles rejeitam e profanam o texto e o ensinamento bíblico afirmado pelo próprio Cristo que diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra contruirei a minha Igreja, e as postas do hades (inferno), não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra, está ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus”. “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”! (Mt 16, 19 — Mc 16, 15).

O protestantismo é para o Catolicismo o mesmo que o não é para o sim, e isso nos pontos fundamentais da religião. Salva toda esta discordancia, é absolutamente a mesma coisa.

2° — “É melhor, dizeis vós, ser protestante do que católico”. Não. Só é melhor, ou antes, só é bom o que é verdadeiro. O resto não vale de nada.
Parti deste princípio evidente: não há meio-terno entre a verdade e o erro. O que não é verdadeiro é falso, o que não é falso é verdadeiro.
Este princípio é ainda mais importante com relação a religião do que em qualquer outra matéria. — Já vimos que existe apenas uma religião verdadeira; é a religião de Jesus Cristo, que abrange todos os séculos, todos os povos, todos os homens, por esta razão sempre foi chamada de católica ou universal.

As seitas protestantes não são esta religião una e católica de Jesus Cristo; o nome é suficiente para o indicar; logo não são a verdadeira religião; logo são um erro; uma corrupção do cristianismo.
Já isto seria suficiente. Mas vamos examinar outras coisas mais adiante.

3° — Somente Jesus Cristo, fundador do cristianismo, é dele Senhor. Ninguém ainda o negou.
Nenhum homem, portanto, tem o direito de ensinar, de pregar esta religião, se não tiver sido encarregado disso por Jesus Cristo.
Se eu tivesse vindo dizer-vos: “Meu amigo, vós sois cristão? A religião cristã ensina-vos tal ou qual doutrina, impõe-vos tal ou tal dever. Pois sabei que eu venho reformar tudo isso. Em vez de crer, como tendes feito até agora, acreditai apenas no que eu vos ensino; desembaraço-vos de tal e tal vossos deveres que vos constrangem; permito-vos o que vossa religião vos proíbe, etc.”
Vós certamente me responderíeis: “Mas quem sois para procederdes dessa maneira? A minha religião só tem um Senhor, é Jesus Cristo. Por acaso foi Ele que vos enviou? Quando e como vos enviou? Provai-me vossa missão divina”.
Quando Lutero, Calvino, Zuínglio, Henrique VIII, etc., há trezentos anos, se constituiram reformadores da religião cristã, esta dificuldade do mais simples bom senso poderia suspendê-los logo no início. “Deveis saber, antes de tudo, que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular” (2 Pd 1, 20). E Pedro adverte sobre a interpretação particular, na Escritura se encontra muitas coisas difíceis de se compreender, por isso, aqueles sem instrução e vacilantes; podem muito bem corromper as outras pessoas e leva-las para a perdição. Leia: (2 Pd 3, 16). «No passado houve falsos profetas no meio do povo, como também haverá entre vós falsos mestres, os que introduzirão sorrateiramente heresias perniciosas e destruidoras, chegando até a renegar o Soberano que os resgatou. Eles atrairão sobre si repentina perdição»
(2 Pedro 2,1).

Portanto, somente têm direito de ensinar a religião os que a isto foram encarregados por Jesus Cristo. Mas estes enviados, estes doutores legítimos, únicos legítimos da religião, estes legítimos pastores do povo cristão, quem são? Como podem ser reconhecidos? Por meio de duas observações muito simples.

A primeira é um grande feito histórico, de tal modo evidente que os protestantes de boa-fé nem mesmo pensam em negá-lo, a saber: que o Papa, Bispo atual de Roma, é Cabeça da religião católica, e remonta, por uma sucessão ininterrupta de Pontífices, até ao apóstolo são Pedro; e que os bispos católicos, em todos os tempos, foram considerados como sucessores dos apóstolos.

A segunda é a explicação deste fato pela simples leitura das passagens do Evangelho, nais quais Nosso Senhor Jesus Cristo dá a seus apóstolos, e somente a eles, a missão sagrada de pregar sua religião a todos os homens, e escolheu entre os mesmos apóstolos a são Pero, para ser o Cabeça de toda a Igreja, o laço de unidade dos Pastores e dos fiéis, o fundamento imutável do edifício vivo que deve erigir.

O que é mais claro, pergunto eu, o que é mais solene do que esta missão pastoral e doutoral dos apóstolos? — “Recebe o Espírito Santo”, diz-lhe o Filho de Deus, “do mesmo modo que meu Pai me enviou a mim, vos envio eu a vós. Ide pois; ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Pregai o Evangelho a toda criatura. EU estou convosco até o fim do mundo. Aquele que vos escuta escuta-me a mim; o que vos despreza, despreza-me a mim”. (Mt 28, 16–20; Mc 16, 14–20).

E as palavras do Senhor dirigidas a são Pedro não trazem consigo mesmo sua evidência?
Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as postas do Inferno não prevalecerão contra ela; é a ti que eu darei as chaves do reino dos céus, e tudo que tu desligares na Terra, será desligado nos céus”. Por esta razão ficou são Pedro, como sempre o entenderam todos os séculos cristãos, constituído por Jesus Cristo, Cabeça, Fundamento Imutável, Doutor Infalível, Pastor de toda a Igreja, de todos os discípulos.

Estas palavras são tão claras que não há necessidade de argumentar a respeito delas.

— Existe uma Igreja Cristã, visto que Jesus diz: a minha Igreja!
— Existe apenas uma; porque Ele não diz: As minhas Igrejas, mas a minha Igreja!
— E de entre todas as que dizem ser esta Igreja única, qual é a verdade, a única verdadeira? É a que está fundada em são Pedro, que é governada por são Pedro, ensinada por são Pedro sempre vivo em seu sucessor; logo, é a Igreja Católica Apóstolica Romana de que o Papa, sucessor de São Pedro, é o Pontífice e o Cabeça sempre Visível.

O que é mais simples do que este raciocínio? Só ele me bastou para convencer um protestante (que mais tarde se tornou católico, diz o Mons. Louis Gaston Ségur), e uma senhora russa cismática. O salvador, na ocasião de subir ao Céu, insistiu de novo, e confirmou o que havia dito a são Pedro, por estas palavras; “Sê Pastor dos meus cordeiros: sê o Pastor das minhas ovelhas…” (Jo 21, 16).

É, portanto, ao Papa e aos brispos, Pastores atuais da Igreja Católica, que são os únicos que remontam por uma sucessão ininterrupta até são Pedro, primeiro dos apóstolos, e até os apóstolos, que se endereçam estas grandes promessas de Jesus Cristo; é a eles, e a eles somente que está confiada a missão de ensinar, de pregar, de conservar a religião; são eles, e somente eles os Pastores legítimos do povo cristão. É com eles e somente com eles, que Jesus Cristo permanece até a consumação dos séculos, para preservá-los de todo o erro no ensino, e de todo o vício na santificação das almas.

E notai aqui as imensas vantagens deste veículo de autoridade divina, claro e inefável, que a Igreja Católica nos apresenta. — Como é fácil para qualquer católico conhecer com absoluta certeza o que deve crer, o que deve evitar para ser cristão! Não tem mais que escutar o seu cura, enviado por seu bispo e este unido ao Papa, que é o vigário de Jesus Cristo, seu ministro na Terra, por quem ele ensina, por quem decide soberanamente o que é preciso crer, obrar e evitar.

«É isto que se chama a infabilidade da Igreja: é a infabilidade de Jesus Cristo, do mesmo Deus, que lhe é»

Como isto é belo e simultaneamente simples! Vede que perfeita unidade decorre desta autoridade! Por toda a parte a mesma doutrina, em Roma, em Paris, na China, na América, na Ásia, na África, por toda a parte o mesmo verdadeiro ensino religioso, o do próprio Vigário de Jesus Cristo! Por toda a parte o mesmo sacerdócio, aquele de que o Papa é o cabeça visível! Por toda a parte o mesmo culto, os mesmos meios de santificação e de salvação!

Unidade tanto mais bela, tanto mais sobre-humana, quanto a sociedade cristã governada pelo papa (e apenas ele estende-se por toda a Terra).

Há católicos por toda a parte. O seu próprio nome o indica ( e é esta a observação que já em seu tempo fazia Santo Agostinho, no século IV): católico quer dizer universal! A Igreja Católica abrange todos os tempos, todos os países, todos os povos. E o juízo universal terá lugar, como Nosso Senhor Jesus Cristo o anunciou, quando a Igreja Católica tiver pregado o Evangelho a todos os povos da Terra. Leia: (Mt 24, 14).

A Igreja Católica difunde a santidade cristã por toda a parte em que entra. Produz sempre e por toda parte a mais sublime perfeição em todos aqueles que são dóceis ao seu ensinamento. Ela é a mãe dos santos. Há dezenove séculos que não tem cessado de produzi-los, e de ver Jesus cristo, seu Deus e fundador, confirmar por milagres a santidade de seus servos.

4° — O protestantismo, ao contrário (como seu nome mesmo faz presumir), é uma desorganização de toda ordem, sob o pretexto de reforma. Neste termo há escândalo.

Dividindo em mil pequenas seitas que se anatematizam uma só às outras, e que não concordam senão em seu ódio contra a antiga Igreja: luteranos, calvinistas, zuínglianos, sacramentários, anabatistas, pedobatistas, hernutos, evangélicos, anglicanos, quakers, pietistas, metodistas, tremedores, mergulhadores, etc., etc. (contam-se mais de duzentas), é uma anarquia religiosa. Leia: (Mt 7, 21–23; Jo 10, 16; 1Cor12, 12–13).

O protestantismo tem atacado o cristianismo em su própria essência e constituição. Rejeitou a regra fundamental da fé, que é o ensino infalível e autoridade divina do Papa e dos bispos, únicos pastores, únicos doutores legítimos. E assim, ao passo que fala am altas vozes da fé, aniquila a fé, isto é, a submissão do Espírito e do coração ao ensinamento divino. E, de fato, o protestante não crê senão em sua própria interpreração da palavra de Deus, faz-se juiz das controvérsias no lugar daqueles que Jesus Cristo constituiu juízes; crê em sua razão, e não na palavra de Deus que lê em sua Bíblia; não tem crenças, não tem mais que opiniões, e estas, variáveis como ele mesmo, e não crÊ senão em suas opiniões. “Deveis saber, antes de tudo, que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular” (2 Pd 1,20). Por isso, entre os protestantes, há tantas “religiões” quantas cabeças; [e cada cabeça pode dela mudar todos os dias]. Conheço uma família protestante muito respeitável, composta de quatro pessoas, e cada uma destas professa uma “religião” diferente!

O protestantismo, por esta mesma razão, navega com qualquer vento de doutrina, varia a cada ano, a cada dia, no símbolo de sua fé. Rejeita hoje o que ensinava ontem; não conta nem unidade, nem antiguidade, nem universalidade, nem qualquer estabilidade.

Desafio qualquer protestante a me dizer claramente no que todos devem crer, sob pena de não viverem na verdade cristã.

“Tu varias”, dizia em outro tempo Tertuliano a Montano; “logo erras”.

5° — O protestantismo produz virtudes, por que ainda conservou alguns requisitos da verdade no meio de suas destruições; mas estas mesmas virtudes ressentem-se da mistura. Elas são quase sempre frias e orgulhosas como as dos fariseus — Existem, a despeito do protestantismo; mas, na realidade, são católicos; pertencem à Igreja. Os protestantes quanto mais se aproximam de nós, mas reais e vivas são suas virtudes. Com justiça se disse da Inglaterra protestante, que era, entre outras seitas, a menos disforme, por isso que era a menos reformada.

O protestantismo desrespeita tudo o que é consolador, terno e afetuoso na religião; a santa presença de Jesus Cristo no Sacramento de seu Amor; o tribunal da misericordia e do perdão; o amor e a invocação da Bem-Aventurada Virgem Maria, essa doce Mãe do Salvador, e que o mesmo Salvador nos deu como Mãe no momento supremo de sua morte; a invocação dos santos, nosso irmãos mais velhos; nossos amigos, já entrados na pátria, para onde nos chamam, e onde nos esperam; as orações pelos mortos, etc., etc.

Não tem culto religioso; pois são se pode dar este nome ao que se passa em uma sala nua, a que se chama templo.

Já lá entrastes? Julga-se à primeira vista que estas assembleias se acham repassadas de espírito religioso; mas não é assim. Observem-se de mais perto e se reconhecerá que aí não existe verdadeira presença de Deus; não se experimenta principalmente o seu amor…Importa recordar-nos de que os fariseus eram outrora mais regulares que os outros no templo!
O vício fundamental do protestantismo é a revolta, é o orgulho.

Portanto, é estéril em santos. Nunca pôde produzir uma verdadeira irmã da caridade, quero dizer, uma humildade e afetuosa serva de Deus e de seus pobres. Seu zelo é fanático; seus adeptos fervorosos são uns visionários, uns místicos vagos, que creem ilustrados pelo Espírito Santo, e a quem este pretendido espírito revela muitas vezes coisas bem estranhas!

Seus missionários são uns mercadores de bíblias…Comparai-os, pois, aos apóstolos, ou aos nossos missionários católicos, herdeiros do zelo, da caridade e dos sofrimentos dos apóstolos como o são da sua fé! Que diferença!

Seus ministros pregam sem missão. São uns senhores, que se resumem nisto: “Lade a Bíblia, e fazei o que quiserdes — desde que, pórem, que vos não façais católicos”.

Com que direito ensinam eles aos outros? Eles mesmos confessam que não são mais autorizados que os outros indivíduos, visto que todos os cristãos são padres, e segundo um grande número, todas as cristãs também…Com que direito eles interpretam a palavra de Deus a seus irmãos? Acaso são infalíveis? Visto que toda a religião cristã consiste na leitura da Bíblia, por que motivo lhe misturam sua palavra humana?

Estes homens casados não são só homens de Deus, os esposos da Igreja, os homens da dedicação, do sacrifício, da caridade, da castidade e da perfeição…

6° — Resumindo, portanto, as seitas protestantes, nascidas, as mais antigas, há apenas quinhentos anos, e as mais modernas, fabricadas, revistas, aumentadas e rebocadas à nossa vista, em nosso século; opostas à tradição histórica de todos os séculos passados; opostas à ideia de fixação, de unidade, de perfeição inseparável das obras de Deus, não são, nem podem ser a sociedade ou Igreja una, Santa e Universal, dos verdadeiros discípulos, de Jesus cristo, estabelecida e constituída há 2000 mil anos pelos apóstolos deste divino Mestre.

Poderia ainda acrescentar outras provas; mostrar a absoluta impossibilidade de provar a inspiração divina da Sagrada Escritura, e especialmente do Evangelho, sem a autoridade infalível da Igreja; os absurdos que os protestantes são obrigados a devorar quando querem ser consequentes e permanecer fiéis a seus princípios; a ligação íntima e lógica que existe entre os princípios protestantes e as doutrinas anárquicas dos revolucionários, etc.; pórem o que já tenho dito é suficiente.

Consequentemente, para ser cristão não basta crer que Jesus Cristo é Deus, mas é necessário, além disso, crer em tudo o que Ele nos revelou.
Portanto, ser cristão e ser católico é uma e a mesma coisa.

Portanto, fora da Igreja Católica, não há verdadeiro cristianismo e como proclamava; há desessete séculos, são Cipriano, bispo e mártir: “Ninguém que não queira ter a Igreja por Mãe, pode ter a Deus por Pai”.
Assim, todo protestante que conhecer a verdadeira Igreja, a Igreja Católica, Apostólica e Romana, governada e ensinada pelo Papa, é obrigado a voltar para ela, sob pena de perder a sua alma. — Em religião, muito mais que em qualquer outra coisa, é necessário abandonar o erro assim que for conhecido, e aderir à verdade.

Portanto, não é mais verdade dizer: “Eu posso ser católico ou protestante, ou cismático, sem deixar de ser cristão, do que dizer: posso ser turco, pagão, judeu ou cristão, sem deixar de possuir a verdadeira religião”.

Uma observação notável é que nunca se viu um bom católico, instruído em sua fé e sincero em sua piedade, fazer-se protestante para tornar-se melhor; ao passo que os protestantes que se fazem católicos são ordinariamente os mais piedodos, mais instruídos e mais probos, mesmo por confissão de seus correligionários. Frequentemente ( e em nossos dias com mais frequencia do que nunca) se têm feito católicos alguns protestantes em artigos de morte; e nunca católico nenhum se tornou protestante neste terrivel momento, em que só a verdade se acha diante da alma para julgá-la. Esta única observação seria suficiente para decidir a questão que nos ocupa, e para nos fazer concluir a veracidade da religião católica.

Não duvidamos em insistir sobre o protestantismo por causa de uma espécie de recrudescência na propaganda, que certos ministros protestantes fazem em muitos países. Especialmente em Paris, dividiram toda a caridade em seções, e afadigam-se muito para fundar escolas e atrair a si os filhos das classes operárias. Além disso, há uma ligação íntima entre os princípios protestantes e as doutrinas revolucionárias que minam a França. O pai dos nossos anarquistas é Calvino. E o pai de Calvino é o diabo. Vos ex patre diobolo estis. “ Não hei de submeter-me”: Non sirviam. É o lema de todos eles.

SALVE MARIA, VIVA CRISTO REI!!

--

--

Eduardo Moura
Eduardo Moura

Written by Eduardo Moura

Ad maiorem Dei gloriam! — Minha missão é ensinar e, com o auxílio da graça de Deus, converter. Escritos de um católico sobre catequese e vida dos Santos.⚜️

No responses yet