Santa Catarina de Sena Doutora da Igreja
Catarina de Sena nasceu em 1347, na cidade de Sena (Itália) e morreu aos 33 anos no dia 29 de abril de 1380. Considerada Doutora da Igreja, ela foi responsável pela volta do Santo Padre o Papa Urbano VI para Roma.
A Providencia Divina jamais falta ao homem em nada, sob a condição de que ele a aceite. Somente estará ausente para os que se desesperam ou confiam em si mesmos.”
Catarina de Sena
Catarina era uma Jovem magra e de altura mediana, Catarina trajava roupas pobres, cuidava muito de sua limpeza pessoal, gostava de trabalhar e estava sempre ocupada. Ela trabalhava com o pensamento e o coração unidos intimamente a Deus, rezava longamente, comia muito pouco, sempre fazendo penitências pela salvação das almas e dormia quase nada. Serena e sorridente, acolhia com amor pelas pessoas. Gostava de música, cantava longamente e tinha voz entoada e agradável.
Dotada de dons, ao receber as pessoas, ela logo captava, por intuição, o segredo do coração delas. Ao falar em público, não cansava os ouvintes. Abraçava as pessoas com muito afeto, segurava-lhes as mãos. Ria com elas, e com elas chorava.
Ao tratar de assuntos referentes a Deus e a Igreja, não se preocupava em agradar ou desagradar as pessoas, seja ela quem fosse.
A vida de Santa Catarina
Catarina Benincasa foi a 25ª (vigésima quinta!) e última filha dos Tintureiros Jacó Benincasa e Lapa Piagenti. Sua família era muito querida na cidade pelo fato de ser tão numerosa. Filha de família cristã, já aos seis anos teve sua primeira experiência mística: viu o próprio Jesus, com vestes litúrgicas de um papa, no meio de uma grande luz e rodeado por um número infinito de santos.
Consagrada aos sete anos
Aos sete anos, Catarina conforme suas palavras, desposou-se com Jesus, na presença da Virgem Maria. Depois de adulta, ela afirmava que, aos sete anos, tinha toda a consciência do que significava aquele casamento. Mesmo vendo a vocação mística e religiosa da filha, e sabendo que ela tinha desposado-se com Jesus, sua mãe insistiu em procurar um bom casamento para a filha, quando esta tinha apenas doze anos, como era o costume da época.
Revolta e castigo
Com todo jeito e delicadeza, a pequena Catarina recusou tal casamento. A recusa provocou a ira dos irmãos e irmãs e dos próprios pais. Por isso, como castigo, passaram para ela todos os trabalhos domésticos, incluindo os mais pesados. Para surpresa geral, ela suportou tudo sem murmurar, com amor, no silêncio. Sua força vinha de dentro, como ela dizia: “O Senhor ensinou-me a construir um quartinho no meu interior, para o qual eu pudesse me retirar, e lá permanecer em união com Ele”.
Foi escolhida por Deus
Catarina tinha cabelos longos e belos, que encantavam a todos. Nesse tempo ela decidiu cortá-los, deixando sua mãe bastante irritada. Seu pai, porém, certo dia, percebeu que ela era uma escolhida de Deus ao ver quão elevados eram seus momentos de oração. Então, seus pais deram a ela o direito de decidir sobre seu futuro, o que a deixou imensamente feliz.
Ordem Dominicana
Catarina, muito feliz, ingressou na Ordem Terceira Dominicana, vestindo o hábito dos leigos. Nesta situação ela podia, ainda, ficar em casa. Assim, ela passou três anos quase reclusa e em silêncio em sua casa. Esse tempo foi de grande preparação para a missão que ela viria a abraçar.
Noiva de Cristo
Quando Santa Catarina de Sena completou vinte anos, teve uma outra visão de Jesus, Nossa Senhora e muitos santos. Jesus colocou um anel de noivado em seu dedo e pediu que ela dedicasse sua vida à renovação da Igreja. Santa Catarina não mediu esforços para realizar o pedido de seu amado esposo celestial.
A missão de Santa Catarina
Santa Catarina de Sena começou a oferecer todos os seus sacrifícios, jejuns e orações nas intenções dos anunciadores do Reino de Deus, dos pregadores. Sacrificava-se pela Igreja, pelos padres, pelos religiosos, pelos missionários, pelo Papa e também por todos os inimigos e opositores não só dela, como do Reino de Deus. Milhões de almas precisavam ser salvas e o Reino dos Céus tinha que ser cada vez mais anunciado. Isso a movia constantemente.
Sabedoria Espiritual
Santa Catarina de Sena era analfabeta. Só veio aprender a ler mais tarde, por milagre de Deus. Mesmo assim, a fama de sua sabedoria se espalhou de tal forma que as multidões, os doutores, os magistrados, os bispos, os políticos e até os reis acorriam a ela para pedir seus preciosos conselhos. Depois, bem mais tarde, quando aprendeu a ler e escrever milagrosamente, ela se dedicou a escrever inúmeras cartas e aconselhamentos a todo tipo de pessoa.
A Peste da Itália
Em 1374, uma peste horrenda assolou a Itália. Santa Catarina de Sena, mostrou, então, uma heroica generosidade, dedicando-se ao serviço dos doentes e pobres, ganhando inúmeras almas para Deus. Seu amor profundo e sua dedicação admirável atraiam as pessoas. Por isso, o papa Pio II afirmou: “Ninguém se aproxima de Catarina, sem tornar-se melhor”.
Os milagres e estigmas da mística
A vida interior de Santa Catarina de Sena era tão intensa que, certa vez, ela ficou 80 dias sem comer nenhum alimento. Ingeria somente a comunhão diária. Várias vezes aconteceu que apenas uma palavra sua curava doentes e expulsava os demônios. Com isso, a fama de sua santidade atravessou a Europa. Um grupo de padres teve que passar a acompanhar Santa Catarina de Sena em suas missões e pregações, porque as conversões eram muitas e os padres mal conseguiam confessar a todos. Em 1375, estando Santa Catarina na cidade de Pisa, ela recebeu nas mãos, nos pés e no coração as chagas, os estigmas da paixão de Jesus Cristo.
O Furacão da Igreja
Santa Catarina de Sena foi como um enorme furação na Igreja de sua época. Época de enormes dificuldades para a Igreja e para o mundo. O Papa Urbano VI, com efeito, encontrava-se exilado na cidade de Avignon, na França, há mais de setenta anos. Depois que milagrosamente ela aprendeu a ler e escrever, ela escreveu uma grande quantidade de cartas endereçadas a cardeais, autoridades e governantes. Além disso, fez inúmeras viagens entre a Itália e a França com o nobre objetivo de levar o Papa de volta para sua sede oficial em Roma.
A Vitória de Catarina
A grande cruzada pela paz empreendida por Santa Catarina de Sena, alcançou a vitória. O Papa pode, então, voltar para sua verdadeira sede em Roma. A igreja se alegrava em festa. O próprio Papa que voltava, Urbano VI, falou: “Esta mulher nos envergonha a todos nós..., a coragem e a determinação desta brava mulher”.
A Nova divisão na Igreja
Em pouco tempo, porém, outra grande divisão rachou a Igreja. Dois Papas em Roma. O Papa Urbano VI, que era o legítimo e retornara da França e o “anti-papa” que já se encontrava em Roma, chamado Clemente VII. Isso fez com que um clima de confusão escândalo se espalhasse na Igreja. Mais uma vez Santa Catarina de sena entra em ação. Ela volta a Roma para acabar com o novo cisma. Escreve novamente um grande número de cartas endereçadas a cardeais, reis e rainhas, defendendo o Santa Papa Urbano VI e seu pontificado.
A Morte de Catarina
Em 1380, quando Santa Catarina de Sena tinha apenas 33 anos, ela veio a falecer em Roma. Ela estava simplesmente esgotada de tanto esforço físico, mental e espiritual em favor da Igreja e da salvação das almas. No momento de sua morte, ela exclamou: “Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja”. Santa Catarina de Sena foi proclamada santa em 1461. Em 1939, pelo Venerável Papa Pio XII proclamou-a padroeira da Itália, juntamente com São Francisco de Assis. Em 1968 ela foi proclamada Doutora da igreja pelo Papa Paulo VI. As pregações e os escritos de Santa Catarina de Sena formam um dos maiores tesouros de sabedoria e riquezas espirituais de todos os tempos.
“A paciência vos tornará perseverantes até a morte, que aceitareis com muita humildade. Pois o sangue de Cristo iluminará vossa inteligência com a verdade. Deus quer apenas a nossa santificação, dado que nos ama inegavelmente.” (Sta. Catarina de Sena).
Oração a Santa Catarina de Sena
“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos.
Vire teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição e suplica a ti que obtenha pelas tias preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).
Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.
Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém.”
Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...
“Amo-O com toda minha alma – dizia a Nossa Senhora – e prometo a Ele e a Ti jamais aceitar outro esposo, construí uma cela no fundo de vossa alma e de lá não vos afasteis mais”
Santa Catarina de Sena, rogai por nós! Salve Maria.