Creio na Igreja, Una, Santa, Catolica, Apostolica e Romana!
Uma breve reflexão do Credo da Santa Igreja Católica.
“Em verdade, eu não acreditaria no evangelho se a autoridade da Igreja Católica não me levasse a fazê-lo” — Santo Agostinho
O nono artigo do Credo Niceno-Constantinopolitano declara que todos os católicos crêem na Igreja Católica e em suas quatro marcas: Una, Santa, Católica e Apostólica. Formulado em sua primeira versão no Conselho de Nicéia (325 AD), possuía ao mesmo tempo a intenção de ser uma profissão de fé e um remédio contra a heresia Ariana. Cada uma das 4 marcas é integral característica da Santa Igreja e todas unidas formam a Igreja fundada por Jesus Cristo.
1 — A Igreja é Una.
Ela é Una, pois os filhos de qualquer tempo na história ou de qualquer lugar, estão unidos entre si na mesma FÈ, no mesmo CULTO, na mesma LEI, e na mesma participação dos mesmos SACRAMENTOS, sob o mesmo chefe visível, o ROMANO PONTÍFICIE.
A Igreja é una. Se ela pudesse ser dividida, deixaria de ser una, e se deixasse de ser una, deixaria de ser a Igreja. Há um motivo pelo qual se tem o costume de se falar “Una” ao invés de “indivisível” — pois a unidade é característica intrínseca dela, e falar sobre “indivisibilidade” seria como colocar a Santíssima Trindade como “indivisível”. São unas porque são indivisíveis, e se pudessem ser divisíveis, poderiam deixar de ser unas, então não se aplica o termo. Em palavras leigas, essa explicação é a mais simples possível. Em termos mais didáticos, a Santa Sé resumiu em carta aberta aos bispos ingleses no século 19:
Carta da Santa Sé aos bispos da Inglaterra, 16 de setembro de 1864
“A verdadeira Igreja de Jesus Cristo foi estabelecida pela autoridade divina, e é conhecida por uma marca quádrupla, que afirmamos no Credo e se deve crer; e cada uma dessas marcas se apega às outras de modo que não se podem ser separadas; daí acontece que a Igreja que verdadeiramente é e seja chamada católica deve, ao mesmo tempo, brilhar com as prerrogativas de unidade, santidade e sucessão apostólica. Portanto, só a Igreja Católica é conspícua e perfeita na unidade do mundo inteiro e de todas as nações, particularmente naquela unidade cujo princípio, raiz e origem infalível são aquela autoridade suprema e “principado superior” do bem-aventurado Pedro, o Príncipe dos Apóstolos e de seus sucessores na cadeira romana. Nenhuma outra Igreja é católica, exceto aquela que, fundada em Pedro, cresce em um “corpo compactado e bem unido” (Ef 4,16) na unidade de fé e de caridade …”
Muito antes da declaração dogmática da unidade da Igreja pelo magistério, os pais da Igreja já viam essa característica como intrínseca e necessária. Já no começo do ano 300 AD, São Cipriano escreveu:
São Cipriano, De Unitate Ecclesiae:
“O Senhor diz: “Eu e o Pai somos um”. E, novamente, sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, está escrito: “E estes três são um”. E pode alguém acreditar que essa unidade, a partir da solidez divina, coerente por meio dos sacramentos celestes, pode se encontrar em uma Igreja dividida e divorciada pela colisão das vontades?”
Essa noção da unidade na fé, tão clara nas escrituras, foi também sempre clara para os pais e doutores da Igreja, que viam nas diversas passagens em que Jesus chama pela unidade dos fiéis o aviso da criação iminente da Igreja na terra:
Ef. 4:4–5
“4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.”
1 Cor. 10:17
“ Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.”
João 10:16
“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.”
Talvez o maior exemplo seja a oração que Nosso Senhor fez pouco antes de ser preso, no Jardim do Gethsemane, para que Deus Pai desse a graça ao mundo de manter a unidade de seus filhos através da Igreja. É uma das mais belas orações de toda a escritura, e nos remete a uma realidade que muitas pessoas enfrentam, que é a pergunta: “Por que eu deveria continuar a ser Católico, se a Igreja tem tantos problemas?”. Essa pergunta tem um milhão de respostas que convergem para uma só: o Catolicismo é a verdade (obrigado, Chesterton) mas talvez um dos argumentos mais importantes é de que Jesus rezou para que nos mantivéssemos na Igreja Católica naquela noite no jardim, quando rezou pela unidade de todos nós na fé que ele fundou em Pedro:
João 17
1 Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;
2 Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.
7 Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;
8 Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
9 Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
10 E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado.
11 E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
12 Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
13 Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
14 Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16 Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
20 E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
21 Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22 E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.
24 Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
25 Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
Como o rebanho há de ser um, como Deus é um e a fé é uma, é lógico de se concluir que a Igreja que Jesus Cristo pessoalmente fundou não pode ser senão uma, sob uma liderança só e com seu divino fundador como cabeça. A unidade é constante na revelação da mensagem de Deus aos homens e seus instrumentos não poderiam deixar de ser. Como muito bem resumiu em uma de suas obras São Clemente de Alexandria:
Clemente de Alexandria, Paedagogus:
“Ó mística maravilha! O Pai universal é um, e única é a Palavra universal; e o Espírito Santo é um e o mesmo em todos os lugares, e uma é a única virgem mãe”.
2 — A Igrega é Santa
È Santa, porque o Nosso Senhor Jesus Cristo, a cabeça invisível, é SANTO, Santos são muitos dos seus MEMBROS, santas são a sua FÈ e a sua LEI, Santos são os seus SACRAMENTOS, porque fora da Igreja verdadeira não há nem pode haver verdadeira Santidade.
Santidade é outra característica sem a qual a Igreja deixaria de existir, pois não pode ser outra coisa a não ser santa, como uma pedra não pode ser outra coisa senão sólida, ou a água não pode ser outra coisa senão molhada. A unidade da Igreja pressupõe de sua indivisibilidade assim como a santidade da Igreja pressupõe sua incorruptibilidade. Não se pode reformar o que Deus instituiu — e daí veio o primeiro instinto demoníaco de Martinho Lutero — porque Deus é imutável, como é imutável sua Igreja e sua fé. As reformas feitas são feitas pela Igreja, mas não na Igreja. Quando se tira uma só vírgula da fé passada pelos apóstolos, tudo acaba por ruir como um castelo de cartas.
Cardeal Henry Manning (1808–1892):
“Os homens podem erguer uma capela ou reformar uma sociedade política, mas não podem reformar a Igreja de Deus mais do que podem dar coesão à terra, ou controlar a ordem das estações ou as precessões do equinócio.”
Uma crítica sempre presente, e válida se feita em termos didáticos, é a de que a Igreja não pode ser santa se é formada por pecadores da mais baixa estirpe. Há nisso certa lógica infantil, como se dizer que uma família inteira é bêbada se o pai possui problemas de bebida. A instituição é maior que a soma de seus componentes, e sim, absolutamente há pecadores na Igreja. São Paulo, maior dos evangelistas e pilar da Igreja, era o primeiro a declarar que era o maior dos pecadores (1 Tim. 1:15) e que aquele que diz não ser pecador, não importa o quão santo seja, está mentindo e não possui a palavra de Deus (1 Jo 1, 8–10). Este último trecho é parte importante do ponto sobre a incorruptibilidade da Igreja, pois quem se separou da graça de Deus — ou seja, quem está em pecado mortal — são excluídos da Igreja mística, mesmo que em aparência pertençam a Ela. Antes que digam isto não ser possível, recordemos a parábola do semeador que Nosso Senhor nos ensinou:
Mt 13, 24–30
“Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;
Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?
E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?
Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.
Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.”
A fé sem obras é morta (Tiago, 2:20) e a fé operada na caridade é a única que possui valor (Gálatas 5:6), assim como a Igreja é Santa e mantém a fé em sua completude e transforma o mundo através da caridade das obras de misericórdia corporais e espirituais, pois são a única maneira de purificar a nós mesmos, aos outros e de infundir a fé pelo mundo:
Ef 5:25–27
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”
Logo, não há como se misturar as ações dos membros da Igreja com sua estrutura mística e sua fé inalterada e repassada pessoalmente por Deus na pessoa de seu único filho, Jesus Cristo. A aderência à fé verdadeira e as boas obras são intrínsecas a Igreja e por isso ela é Santa, e quem não age de acordo com a caridade divinamente instituída nela, está fora dela. Como resumido nas muito melhores e santas palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus:
Santa Teresa do Menino Jesus, Manuscrito B. 3v: Manuscrits autobiographiques:
«Compreendi que, se a Igreja tinha um corpo composto de diferentes membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe faltava: compreendi que a Igreja tinha um coração, e que esse coração estava ardendo de amor. Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja; que se o Amor se apagasse, os apóstolos já não anunciariam o Evangelho, os mártires recusar-se-iam a derramar o seu sangue… Compreendi que o Amor encerra todas as vocações, que o Amor é tudo, que abarca todos os tempos e lugares … numa palavra, que ele é Eterno»
3 — A Igreja é Católica
È Católica, que quer dizer, UNIVERSAL, pois abrange os fiéis de todos os tempos, de todos os lugares, de todas as idades e condições, é porque “todos os homens do mundo são chamados a fazer parte D’Ela.”
Unitas Catholica, quae toto orbe diffusa est (A Unidade Católica que está espalhada por todo o mundo) é a norma sob a qual Santo Agostinho acaba com os argumentos da heresia Donatista no século sexto, e uma das quatro marcas da Igreja. Sem entender a unidade e a santidade da Igreja, é impossível entender sua universalidade — mas, com os dois primeiros conceitos, o terceiro se torna praticamente uma questão lógica.
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28, 19) é a ordem de Nosso Senhor para os apóstolos, que eram em si uma unidade mas ao mesmo tempo pessoas distintas. O colégio dos apóstolos é uma precursão da unidade da Igreja pelo mundo afora — corpos separados unidos por uma mesma fé, uma mesma doutrina, um mesmo propósito. Santo Inácio de Antioquia reconheceu isto e escreveu em meados do ano 60 AD:
Santo Inácio de Antioquia, Epistula ad Smyrnaeos:
“Onde quer que o bispo esteja, aí também a multidão [do povo] está; assim como onde quer que esteja Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica.”
Santo Irineu de Lyon foi um santo que escreveu no ano 160 AD o tratado Adversas Haereses, ou Contra os Hereges, e nele expôs em palavras resumidas não só a catolicidade da Igreja como grande parte das outras quatro marcas:
Santo Ireneu de Lião, Adversas Haereses:
“Uma vez que, no entanto, seria muito tedioso, em tal volume como este, enumerar as sucessões de todas as Igrejas, pretendemos atordoar todos aqueles que, de qualquer maneira, seja por uma auto-indulgência maligna, por meio de vanglória, ou por cegueira e opinião perversa, reunem-se em reuniões não autorizadas; [fazemos isso, eu digo], indicando que a tradição deriva dos apóstolos, da mui grande, mui antiga e da universalmente conhecida Igreja, fundada e organizada em Roma pelos dois mui gloriosos apóstolos Pedro e Paulo; como também [mostrando] a fé pregada aos homens, que se resume em nosso tempo por meio das sucessões dos bispos. Pois é uma questão de necessidade que toda igreja deve concordar com esta Igreja [de Roma], por causa de sua autoridade preeminente [potiorem principalitatem]”
Outro doutor da Igreja, Santo Ambrósio, expôs em um dos seus tratados sobre a virgindade, como a presença mundial da Igreja é inspirada e mantida pelo Espírito Santo de Deus:
Santo Ambrósio, De virginitate:
“O navio em que Cristo se senta e ensina ao povo é a Igreja, que se move em segurança através do mundo, transmitida pela vela estendida da Cruz de Cristo, preenchida pelo vendaval do Espírito Santo.”
Há quem aponte para as áreas onde a presença da Igreja foi diminuída por perseguição. Mesmo com toda a repressão existente os católicos estão em todos os cantos do mundo. Como disse famosamente Tertuliano:
Tertuliano, Apologeticum:
“Quanto mais frequentemente somos esmagados por vocês, mais em número crescemos; o sangue dos cristãos é a semente da Igreja”.
4 — A Igreja é Apostólica
È Apostólica, chama-se assim, porque remonta sem interrupção até os APÓSTOLOS. Além disso, crê e ensina tudo o que creram e ensinaram os APÓSTOLOS. Também porque é guiada e governada pelos legítimos sucessor dos Apóstolos.
“Ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus” (Heb. 5:4) é uma passagem que expõe a quarta marca da Igreja — a sucessão apostólica. Quando dizemos que a Igreja é apostólica não queremos dizer que sua doutrina é apostólica — isto seria errado. A sucessão apostólica é a marca visível que temos de que a fé que a Igreja professa é a mesma que foi passada por Deus Encarnado, pela Palavra Eterna na pessoa de Jesus Cristo pessoalmente através dos séculos. A ordem dos bispos é, em sua grande maioria, uma linha contínua até o colégio dos apóstolos. Inúmeros documentos e historiadores atestam isto, entre eles o terceiro papa, São Clemente de Roma:
Clemente de Roma (Sobre a Carta ao Coríntios 44: 1):
“Nossos apóstolos sabiam por meio de nosso Senhor Jesus Cristo que haveria conflitos para o cargo de bispo. Por esta razão, portanto, tendo recebido a presciência perfeita, eles nomearam aqueles que já foram mencionados e, depois, adicionaram a disposição adicional de que, se eles morressem, outros homens aprovados devem ter sucesso em seu ministério”
A sucessão dos bispos é, desde o começo da Igreja, feita pessoalmente e pelo superior, para manter esta linha intacta. Como ela liga todos os bispos do mundo ao bispo de Roma e aos outros 11 apóstolos, a Igreja tem como tronco o contato direto com Jesus Cristo encarnado em cada um de seus representantes, do mais simples pároco ao próprio Papa. São Clemente de Alexandria deixou por escrito como o apóstolo João cumpriu este ritual pessoalmente:
Clemente de Alexandria, (Quem é o homem rico que é salvo?):
“Após a morte do tirano, o [Apóstolo João] voltou novamente a Ilha de Éfeso em Patmos; E, ao ser convidado, ele foi até as cidades vizinhas dos pagãos, aqui para nomear bispos, para pôr em ordem Igrejas inteiras, e ordenar a propriedade clerical tal como foram designadas pelo Espírito”
Agora devemos esclarecer uma coisa que pode causar confusão: todas as igrejas que derivam diretamente dos apóstolos são verdadeiras? Claro que não. O credo professa que há uma só Igreja verdadeira, não duas. A sucessão apostólica é primeiramente baseada no sucessão direta do Príncipe dos Apóstolos, líder dos escolhidos a dedo por Deus (João 6:70), que recebeu novo nome e sobre o qual a Igreja de Deus foi construída e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela: São Pedro. A apostolicidade verdadeira reside na suprema cátedra de Pedro e onde há linha perfeita e ininterrupta dos representantes que possuem a chave do céu, como atesta Santo Agostinho:
Agostinho de Hipona (Cartas, nº 53):
“Pois, se a ordem de sucessão dos Bispos for considerada, quanto mais seguramente, de verdade e segurança os enumeramos a partir de Pedro, a quem, ao representar toda a Igreja, o Senhor disse: “Sobre esta pedra, eu construirei minha igreja e os portões do inferno não prevalecerão contra Ela.” Pois, a Pedro sucedeu Linus, a Linus Clemente, a Clemente Anacletus, a Anacletus Evaristus …”
“Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou” é uma das palavras mais importantes de Jesus em todos os evangelhos, pois Ele trata diretamente conosco sobre a autoridade dos apóstolos como autoridades da palavra, e dá um alerta claro como a água: aquele que rejeita uma só vírgula do que Ele diz, rejeita ao próprio Deus. Mantenhamo-nos em estado de graça e em comunhão absoluta com Seu corpo místico, que é a Igreja Católica, e vamos poder sempre ter a honra de dar a resposta que o primeiro Papa deu a Jesus quando perguntado quem Ele era:
Mateus 16
E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
5 — A Igreja é Romana
E Romana, assim é chamada porque os quatros carácteres da UNIDADE, SANTIDADE, CATOLICIDADE e APOSTOLICIDADE se encontram só na Igreja que tem por chefe o Bispo de Roma, o sucessor de São Pedro.
Credo Niceno-Constantinopolitano Concílios de Niceia e Constantinopla
Salve a Santa Igreja Católica.