A mulher e o feminismo, uma divergência de valores

Eduardo Moura
7 min readMay 17, 2020

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De antemão, é preciso entender que os valores empregados pela luta feminista, não são compatíveis com os valores cristãos. Neste texto, vamos apresentar alguns exemplos e teses que comprovam essa afirmação.

A mulher submissa

Uma das críticas mais frequentes das jovens feministas, é sobre a submissão que as sagradas escrituras apresentam para as mulheres. Elas afirmam que a religião exerce sobre as mesmas uma espécie de subordinação juntamente com a inferioridade que a mulher cristã apresenta possuir sobre os homens. “As mulheres sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual Ele é o Salvador.” (Ef 5,22) Essa é uma das passagens mais recorrentes que as feministas usam para atacar a religião. Entretanto, me parece que elas não tiveram a coragem de ler toda a passagem, pois na mesma se afirma que: “Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a igreja e se entregou por ela, para santificá-la purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.” Caros irmãos católicos, através desse trecho da sagrada escritura, podemos observar o papel importantíssimo do homem, ele deve se sacrificar em tudo por sua esposa. Veja como isso é importante e digno, o homem deve dar a sua própria vida se for preciso pela salvação de sua esposa e também pela santificação de sua família. As mulheres possuem um abrigo, alguém em quem confiar e também uma pessoa que estará disposta a levá-la ao caminho para qual ela foi feita, o céu.

Outra crítica muito frequente das feminista é sobre as sagradas escrituras mostrarem a criação da mulher logo após a do homem, com o complementando de que ela saiu da costela de um. Usam isso para reafirmar que a religião transforma a mulher numa pessoa submissa ao homem desde sua criação. A sagrada escritura nos apresenta a criação no livro do Gênesis, lá está evidente uma coisa que talvez as feministas não tenham compreendido muito bem, primeiro Deus cria as coisas inanimadas, e com o passar do tempo vai aperfeiçoando em grau de perfeição as outras, a mulher é criada depois do homem, a mesma é tirada da costela de um, afirmando que se o ser humano foi o último ser a der criado e tudo que Deus criou é bom. A mulher é a criatura mais perfeita que Deus criou, já que a mesma saiu de um ser perfeito que é à imagem e semelhança de Deus, este ser é o homem. “É mais puro e digno nascer da costela de um homem — que é a mais perfeita obra imagem e semelhança de Deus — do que simplesmente ter nascido de um punhado de terra.” — Alice von Hildebrand (O Privilégio de Ser Mulher)

História de uma alma de Santa Teresinha do Menino Jesus: Ah, pobres mulheres, como são menosprezadas!… Contudo, elas amam o bom Deus num número bem maior do que homens e, durante a paixão de Nosso Senhor, as mulheres demonstraram mais coragem que os apóstolos, pois elas enfrentaram os insultos dos soldados e ousaram secar a adorável face de Jesus. Jesus arde de amor por nós… Olhe sua face adorável!… Olhe esses olhos fechados e abaixados!… Olhe essas chagas!… Olhe Jesus na sua face!... Lá você verá, como Ele nos ama. Por essa razão, Ele permite que as mulheres sejam tratadas com desdém na terra, uma vez que foi também isso que Ele escolheu para si mesmo. No céu, Ele mostrará que seus pensamentos não são os pensamentos dos homens, pois lá os últimos serão os primeiros!...

A Mulher Religiosa e o Feminismo

Deus escolheu o seu sexo para você; Ele te fez uma mulher para que você exalte o criador sendo uma criatura que faça as vontades d’Ele. Você deve saber que hoje feministas dizem frequentemente às garotas que a Igreja é “preconceituosa” e as tem “discriminado” desde o princípio de sua criação. A Igreja é acusada de tê-las tratado como “inferior” em todos os séculos, menos talentosas, com menos dons, criadas para serem servas dos homens; dizem que Ela negou às mulheres poder na Igreja e que as proibiu de receberem a maior honra, a ordenação sacerdotal e assim vai...

Eu tenho certeza que você tem ouvido este tipo de coisa, porque a mídia é muito boa para espalhar este tipo de mensagem negativa sobre a Santa Religião. E é por isto, para refutar estas falsas alegações, que eu gostaria de fazer você perceber que a mulher – longe de ser discriminada, ao contrário – teve outorgado por Deus um lugar único no trabalho da redenção. A beleza de sua missão já é aludida no Velho Testamento, porém encontra seu cumprimento somente no Novo, que é a doce Mãe de Nosso Salvador; em Maria, a Virgem de Nazaré, que foi escolhida desde toda eternidade para ser a Mãe do Redentor. “O privilégio de ser mulher é particularmente realçado pelo fato de que Maria — a mais perfeita das criaturas — era uma mulher.” — Alice Von Hildebrand

Maria, aquela que gerou o Filho de Deus, ela por si só, destrói qualquer argumento feminista de que a religião transforma as mulheres em pessoas submissas. Maria é a maior prova de que as mulheres são tão valorizadas na Igreja que somente uma criatura e a mais perfeita dela, como já foi apresentado anteriormente, conseguiu ser assunta aos céus e coroada como rainha do mundo.

Vamos tirar nossa venda dos olhos, e então seremos capazes de ver que a mulher, longe de ser “discriminada”, ao contrário, é de muitos modos privilegiada. E este é o “segredo” que eu desejo compartilhar com você. O corpo de toda menininha nascida neste mundo é misteriosamente selado pelo o que é particularmente chamado “véu da virgindade”. Isto quer dizer que seu corpo é encarregado de levar um “segredo”, e um segredo é sempre velado. “A Igreja vela tudo que ela acha sagrado e digno.”

De acordo com o ensinamento Cristão, este véu fecha a entrada para um misterioso jardim, o qual pertence a Deus de um modo especial, e por esta razão não pode ser adentrado exceto com Sua expressa permissão, a permissão que Deus concede aos esposos no Sacramento do Matrimônio. Toda mulher consciente deste “mistério” sentirá que seu corpo deve ser modestamente vestido, e então seu segredo ficará escondido de olhares lascivos e impudicos.

Garotas, claro, crescem. Quão lindo é quando uma noiva pode dizer ao seu marido na sua noite de núpcias, “Eu tenho guardado este jardim virginal para você, e agora, com a permissão de Deus eu estou lhe dando as chaves, sabendo que você entrará dentro dele com reverência.”

Além disso, quando uma esposa concebe poucas horas depois do seu marido tê-la abraçado, Deus cria a alma da criança em seu corpo, (como você certamente sabe, nem o marido nem a esposa pode produzir a alma humana; apenas Deus pode criá-la). Em outras palavras, há um “contato” pessoal entre Deus e a mulher o que, uma vez mais, dá ao corpo feminino um caráter de sacralidade.

Não se esqueça de que Ele, a Quem o universo inteiro não pode conter, foi “escondido” no ventre da Santa Virgem por nove meses. Uma vez que você percebe isto você ficará maravilhada pelo duplo mistério que Deus confiou a você: conceber um ser humano feito à imagem e semelhança de Deus, e dar à luz a ele em meio à dor e sofrimento. Não se esqueça que foi também em meio à dor e sofrimento que Cristo reabriu para nós os portões do paraíso – o qual foi fechado pelo pecado.

Para a mulher foi concedido o impressionante privilégio de nobre sofrimento para que um novo ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, pudesse vir ao mundo. Medite sobre isto por um momento e você sentirá uma profunda reverência pelo seu corpo. Ele pertence a Deus, e não é um “brinquedo” que você pode dispor para própria satisfação.

Se você estudar a arte pagã, você vai descobrir que ela presta culto ao órgão reprodutivo masculino, representando-o em várias esculturas e pinturas como um símbolo de força, virilidade, criatividade e poder. Mas desde o primeiro momento em que a Igreja Católica se tornou uma religião reconhecida, ela lutou implacavelmente contra este culto pagão.

Porém a Igreja introduziu uma oração pronunciada milhões de vezes a cada dia na qual o órgão feminino no mesmo nível de excelência, o “ventre”, é mencionado. “Bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus”. Eu estou certo, minha querida jovem amiga, que se você meditar sobre isto, você entenderá que é um privilégio ter nascido mulher, e respeitará o mistério que Deus colocou no corpo feminino.

Graças a Deus que Ele a fez nascer mulher; eu tenho certeza que agora que você entendeu que isso é um grande privilégio.

Salve Maria!

Referências:

  • Alice Von Hildebrand O Privilégio de Ser Mulher
  • Sagradas escrituras Gênesis/Efésios
  • Carta Apostólica do Sumo Pontífice São João Paulo II Mulieris Dignitatem
  • Alice Von Hildebrand Conselhos a Uma Recém-Casada

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Eduardo Moura
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Written by Eduardo Moura

Ad maiorem Dei gloriam! — Minha missão é ensinar e, com o auxílio da graça de Deus, converter. Escritos de um católico sobre catequese e vida dos Santos.⚜️

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