𝖔 𝖒𝖚𝖓𝖉𝖔 𝖘𝖔𝖇𝖗𝖊𝖓𝖆𝖙𝖚𝖗𝖆𝖑 𝖉𝖔𝖘 𝖆𝖓𝖏𝖔𝖘
Nós professamos com total certeza e fé no credo, “Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.”
Os anjos são cristuras criadas por Deus antes de nós, porém, ao decorrer do texto você vai observar que temos varias coisas em comum com eles.
O pecado não foi inventado pelos homens e nem foi criado por Deus, o pecado é uma invenção angélica, por isso que nós humanos temos uma dificuldade tremenda em entender a natureza e a gravidade do pecado, porque o pecado é uma realidade angélica, que por inveja de satanás e de seus demônios entrou no mundo por sedução.
𝖆 𝖕𝖗𝖔𝖛𝖆 𝖉𝖔𝖘 𝖆𝖓𝖏𝖔𝖘
Após sua criação, os Anjos não contemplavam a face de Deus. Não possuíam a “visão beatífica”, e não conheciam a essência divina. Viam Deus como uma luz, uma voz majestosa, e não conheciam sua face, a sua essência. Mesmo assim compreendiam sua soberania Ele que era o seu criador. Deus então lhes ofereceu uma prova, para que pudessem ter tal visão. A essa prova não se sabe ao certo qual foi. Alguns permaneceram fiéis a Deus outros não. Esses anjos que desagradaram a Deus, foram precipitados do céu. Houve uma guerra no céu, mas caro leitor, não entenda esse acontecimento com os que vivemos no mundo visível, os anjos não possuem corpos eles são espiritos, a batalha no céu foi pelo poder da palavra, uma batalha de convencimento entre os anjos, Deus enviou a sua graça aos anjos, mas quando Deus viu que aqueles anjos já se cristalizaram em suas decisões, ele precipitou todos ao infermo.
Quis ut Deus! (Ap 12,7)
Por que houve provação? Por que Deus não concedeu prontamente a visão beatífica a todos os Anjos ? Talvez você tenha se perguntado isso.
Existem 3 razões racionais para não o ter feito.
Primeiro deve-se entender que no céu seremos plenamente felizes, porém essa felicidade não possui igual tamanho para todos.
Exemplo: imagine que há uma fonte jorrando água. Nela você pode encher uma tampa de garrafa, um copo, ou uma caixa d’água. Mesmo com quantidades diferentes, todos estarão cheios. Da mesma forma que é a felicidade que jorra da presença de Deus no paraíso.
Como nenhum ser consegue gozar infinitamente de Deus, essa felicidade o preencherá conforme suas virtudes. Todos no céu são plenos de Deus (cheios), porém em níveis diferentes. Assim como Deus poderia dar aos anjos e até a nós a medida dessa plenitude, algo tão importante e eterno? A resposta é: por uma “prova”. É na prova que o amor, a constância e as virtudes são testados com maior fidelidade.
Segundo motivo a Fé.
O único momento em que se pode mostrar a Fé para com Deus é na provação, no instante em que não o vê. Não pode haver fé se há visão.
Explicação: quando uma criatura vê a Deus, a sua essência, tamanho é o amor, a sua onipotência e majestade, que o espírito perde a capacidade de pecar e nada o fará mudar de opinião. Depois de ver, não se poderá mais escolher algo que o ofenda minimamente, pois a consciência entenderá que seria como trocar uma moeda de ouro por esterco. Então, a provação é um dom de Deus, que traz a virtude da fé.
Terceiro o amor
O universo, tudo aquilo que foi criado glorifica a Deus, mas de uma forma chamada de “bem material”
A glorificação que o cosmo físico dá a Deus é inconsciente, nela não há um “bem espiritual”. Assim, para haver esse bem espiritual, foi preciso que Deus desse a liberdade aos anjos.
A liberdade que Deus os concedeu (e também nos concede) é para conseguir o amor de uma forma livre.
Deus ama e quer ser amado, e a forma de se obter esse amor é através da prova, da doação da criatura que, mesmo não vendo, ama desinteressadamente e verdadeiramente através do sofrimento da fé.
Todos os Principados e Potestades foram precipitados
“Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares.” (Efésios 6,12)
Alguns lendo esse versículo, concluem que todos os anjos dessas hierarquias caíram. Mas na verdade não é bem assim. De cada uma das 9 hierarquias caíram anjos que transformaram-se em demônios que são serafins, potestade, virtudes etc.
Potestades e Principados, essas duas ordens podem ser:
ℌ𝔲𝔪𝔞𝔫𝔞𝔰: Vemos em Tito 3,1 e Romanos 13,1. Em ambas as passagens, a referência que se faz a potestades e principados é com relação aos governantes da terra.
𝔄𝔫𝔤𝔢𝔩𝔦𝔠𝔞𝔰: Vemos também a referência às potestades e principados angélicos em Efésios 3,10 e Colossenses 1,16.
𝔇𝔢𝔪𝔬𝔫𝔦𝔞𝔠𝔞: São as citadas em Efésios 6,12.
“Atribuem-se-lhes, porém,os nomes de Potestades e Principados, nomes derivados da ciência e do poder, comuns tanto aos anjos bons como aos maus.”
Suma Teológica 1 parte, q63e Suma Demoníaca. “Questão 5”
ℌ𝔦𝔢𝔯𝔞𝔯𝔮𝔲𝔦𝔞 𝔡𝔬𝔰 𝔞𝔫𝔧𝔬𝔰
𝕺𝖘 𝖓𝖔𝖛𝖊 𝖈𝖔𝖗𝖔𝖘 𝖉𝖔𝖘 𝖆𝖓𝖏𝖔𝖘 𝖆 𝖒𝖎𝖑í𝖈𝖎𝖆 𝖈𝖊𝖑𝖊𝖘𝖙𝖊
A hierarquia dos anjos é dividida em 3 graus de superioridade, cada anjo tem uma função no plano divino, eles são distribuídos em grau de poder.
Primeiro grau de poder: Serafins, Querubins e Tronos.
Esses anjos não tem relacionamento com os humanos, eles foram revelados por Deus nas escrituras porque Deus quis. Esses anjos são chamados de ardentes, os que estão louvando a Deus face a face. Eles permanecem todo o tempo diante da face de Deus para lhe adorar.
Serafins: 3 pares de asas, Querubins: 2 pares de asas, Tronos: Ele sustenta o trono de Deus.
Querubins são identificados como os 4 seres do apocalipse, o homem o leão a águia e o touro.
Esse proximo trio não tem relacionamento direto conosco, mas eles participam do cosmo universal. (as forças do universo)
Segundo grau de poder: Dominações, Virtudes e Potestades
As Dominações tem a função de comunicar as ordens de Deus e da hierarquia superior aos anjos inferiores. Os anjos não sabem de tudo, eles precisam se comunicar, mas essa comunicação é pelos sentidos diferente da nossa.
Esse trio tem contato conosco, são os nossos responsáveis e mensageiros.
Terceiro grau de poder: Principados, Arcanjos e Anjos
Os Principados tem a função de comunicar as ordens aos demais anjos, eles são simbolizados com cetro e coroa. Os Arcanjos são 7, mas só conhecemos o nome de três deles, São Gabriel, Miguel e Rafael.
Gabriel é a força de Deus. Miguel a humildade e Rafael é a cura de Deus.
Quis ut Deus!! Quem como Deus ?
Salve Maria!
Fontes: Suma Teológica, Suma Demoníaca e o Catecismo da Igreja Católica.